Jussara e Rita, duas amigas, duas vozes, duas cantoras. No primeiro momento, nos nossos encontros no Rio, com o Jean Wyllis, a música floresceu de maneira espontânea e irreversível. Desses encontros, vingou a ideia de um trabalho que trouxesse as duas vozes para um primeiro plano, no qual elas ocupassem o devido espaço de que são donas na MPB. O segundo momento, com o Alê Siqueira, no Capão, réveillon de 2012, em foco o trabalho que desenvolve em busca do canto matricial. A esses dois momentos unem-se a sofisticação do Zé Miguel Wisnik, a sonoridade de Mikael Muti e o cenário do Vale do Capão, onde instalamos um ousado set de gravação. Tudo captado e devidamente colocado no caldeirão eletrônico do nosso mago Alê Siqueira. Numa edição minuciosa, o Alê nos mostra como o simples pode ser tão complexo. Na minha modesta opinião, um disco de referência para a música brasileira. A mim, a emoção ao ouvir a cada vez e uma dupla alegria: pessoalmente, de participar desse projeto e, empresarialmente, de apoiar essa iniciativa através da M'Link e Maianga. SÉRGIO GUERRA